Não me canso de falar do amor, talvez porque acho que o amor é a mais simples solução de todos os problemas da atualidade. E se você parar para observar, as pessoas andam cultivando todos os sentimentos possíveis, menos o amor.
Ninguém, ou quase ninguém, passa horas elaborando maneiras de demonstrar seu amor pelos amigos ou pessoas de seu convívio, mas passa horas elaborando meios de levar vantagens sobre outros, ou planejando uma forma de vingar-se...
Olhem para os lados, a tolerância está zero, e não digo em relação à criminalidade, corrupção ou coisas óbvias merecedoras de nossa intolerância, praticamente não há mais relevância entre as pessoas, tudo é a “ferro e fogo”. Impaciência é companhia constante nos transportes coletivos, nos estabelecimentos comerciais...
Não concordo que seja justificativa o que costumo ouvir: ” as pessoas estão muito oprimidas, e não conseguem mais ser ‘capacho’ dos poderosos”., pois acho que utilizar o contexto é texto para justificar um pretexto.
Mas as pessoas hoje em dia só conhecem o amor romântico (e olhe lá, heim!), ninguém mais é capaz de dividir seu amor com as pessoas, pelo simples fato de amar, por ser um ser humano.


Essa frase é muito comum, nos dias de hoje. Ainda que não verbalizada, com certeza ela é muito vivenciada.

Seja em qualquer relação, qualquer setor, qualquer idade...É uma característica da sociedade “culpar” os outros.

Mesmo que a “ação condenável” seja uma prática nossa também, dificilmente conseguimos notá-la como prejudicial, enquanto nossa. Facilmente nos justificamos, e nossas atitudes, tornam-se até mesmo louváveis. Agora, quando é o outro que faz...a história é outra.

Nossas avós já tinham um conceito formado sobre isso, lembram do ditado: “quem tem telhado de vidro, não atira pedra no vizinho”? É...hoje as pessoas se esquecem disso.

É o filho da outra que é criador de caso, é o colega de trabalho que atormenta, é o vizinho que não sabe a política da boa vizinhança, é a esposa que não dá valor ao casamento...enquanto isso, vamos agindo com total “idoneidade”, sob nosso próprio julgamento, é claro. O que será que os outros também não devem estar pensando (ou até falando) de nós?

Não nos esqueçamos, como diz a “sabedoria” popular: “Cada vez que apontamos um dedo, temos três apontados para nós mesmos!”


Prestando atenção em conversas de mulheres, conhecidas ou não, a minha volta, fico sem entender se elas realmente amam a seus maridos ou só ainda estão casadas por motivos diversos ao sentimento que as fez, supostamente, tornarem-se mulheres casadas.

Algumas vezes fico mesmo, paralisada, com minha cabeça tentando decifrar essas “esfinges” e realmente me sinto pressionada a decifrá-las ou serei devorada...

Enquanto muitas torcem por uma oportunidade de estarem sem os filhos em casa e poderem reviver sua lua-de-mel, outras não conseguem suportar a idéia de serem assediadas e desejadas por aqueles que elas mesmo escolheram como parceiros, inclusive sexuais. Outras, sentem falta dos olhares apaixonados dos maridos direcionados a elas, como no início do relacionamento, mas esquecem-se de que, há muito, não investem em mais nada para reconquistar o direito de serem esse “alvo”.

Ainda algumas, registram da forma mais profunda possível, todas as divergências vividas pelo casal, fazem questão de desfiar aqueeeeele “rosário” de lamentações, reforçando todas as mágoas e revivendo-as todos os dias. Suas únicas lembranças dos anos de casamento são momentos desagradáveis.

Agora, falando sério, se elas não têm mais nenhuma vontade de ser tocada, desejada, perseguida, amada por seus maridos deve ter alguma pendência precisando ser conversada entre eles! Algumas dizem: Mas, casamento não é só sexo! É a amizade! Gente, realmente é muito importante a relação de amizade no casamento, mas também tenho amizade com meus primos, colegas de trabalho... Com meu marido, mesmo com 60, 70 ou 80 anos, quero viver plenamente, quero me sentir mulher, me sentir amada, desejada, razão de suas fantasias, inspiração em suas elaborações de jantares românticos! Sim! Eles fazem isso!!! E assim como nós, precisam sentir-se incentivados a também investirem em suas parceiras. Mas, às vezes, as esposas dão tanto valor às vivências negativas do relacionamento que não se sentem inspiradas a dedicar nenhum segundo de seus pensamentos a reavivar seu casamento...

Acho, que se tenho certeza da minha escolha sobre aquele com quem quero passar o resto da minha vida, devo investir para que esse resto de minha vida seja o melhor possível! Se seu companheiro percebe que você apaga os maus momentos e valoriza as pequenas coisas, fazendo-as os pilares da vida a dois, conseqüentemente, ele também vai começar a ver que vale a pena preencher a vida de vocês com cada vez mais momentos bons, afinal, ele não é um maluco que quer transformar sua própria vida em um inferno!

Gente, fazer a mágica acontecer, só depende da maneira como manuseamos a varinha e a cartola. Matemática simples: se queremos ser amadas, amemos; se queremos ser desejadas, mostremos que também desejamos; se queremos ser surpreendidas, surpreendamos; se queremos ser valorizadas, comecemos a valorizar quem temos ao nosso lado. E o melhor: passemos a nos cuidar, mostrar que nos amamos também. Qual homem não gosta de ter uma mulher que o ama, demonstra isso, de todas as formas e ainda é linda e se ama? Ter amor próprio, não significa desprezar o marido que discorda da gente, e sim, saber que minha opinião é importante sim, mas que nem por isso eu preciso detonar meu casamento...Acho que o melhor é aguardarmos o melhor momento, e cada mulher sabe qual é esse momento, e nos colocarmos, respeitosa e conscientemente...Impulsividade é atraso de desenvolvimento. Meninas, eles aprendem a nos ouvir... É só tentar. Experimentem e depois me contem.